Como saber se estou com diabetes? - LabVida Diagnósticos

Como saber se estou com diabetes?

18/04/2018 por

Você já se fez a seguinte pergunta: “como saber se estou com diabetes”? Caso a resposta seja positiva, é importante que você continue lendo este artigo, para que possa entender e analisar todas as informações relativas ao questionamento.

O diabetes é uma doença metabólica que se caracteriza pela incapacidade do corpo de produzir ou utilizar o hormônio chamado insulina, o qual possibilita que o açúcar presente no sangue seja transformado em energia.

Quando as células se tornam “resistentes” à insulina, ou o corpo não produz o hormônio na quantidade correta, o nível de açúcar no sangue aumenta, fazendo com que muitos dos sintomas do diabetes apareçam em curto ou longo prazo.

O diabetes se divide em quatro tipos: pré-diabetes, diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional. A maioria dos casos diagnosticados é o diabetes tipo 2. Em cada um deles, há sintomas parecidos e outros que se diferenciam.

Como saber se estou com diabetes e qual é o tipo

Pré-diabetes

Pré-diabetes é uma alteração no metabolismo do corpo que pode evoluir para diabetes tipo 2 e aumentar o risco de uma pessoa ter um AVC ou infarto. A condição ocorre quando os níveis de açúcar no sangue estão mais elevados do que o normal, mas não são representativamente altos o suficiente para haver o diagnóstico de diabetes.

Diabetes tipo 1

O diabetes tipo 1 ocorre quando o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina, em decorrência de um defeito do sistema imunológico, fazendo com que os anticorpos do organismo ataquem as células que produzem esse hormônio.

Nesse cenário, o corpo acaba atacando as células que produzem insulina, por não as reconhecer mais como parte do organismo. O diabetes tipo 1 ocorre em cerca de 5 a 10% dos pacientes diagnosticados.

Os portadores de diabetes tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais. Há risco de vida quando as doses de insulina não são aplicadas diariamente.

O diabetes tipo 1, embora ocorra em qualquer idade, é diagnosticado com maior frequência em crianças, adolescentes ou adultos jovens.

Diabetes tipo 2

Este tipo de diabetes representa a grande maioria dos casos, cerca de 90%. Nesses pacientes, a insulina é produzida pelas células beta pancreáticas, porém, sua ação está dificultada, caracterizando um quadro de resistência insulínica. Isso leva a um aumento da produção de insulina pelo organismo para tentar manter a glicose em níveis normais.

Quando não é mais possível haver essa normalidade, surge o diabetes. A instalação do quadro é mais lenta e os sintomas são os seguintes:

  • sede;
  • suor excessivo;
  • dores nas pernas;
  • alterações visuais;
  • dentre outros.

Os sintomas podem demorar vários anos até aparecerem. Quando não reconhecidos e tratados precocemente, o diabetes tipo 2 pode evoluir para um quadro grave de desidratação e coma.

Diabetes gestacional

As mulheres grávidas que nunca tiveram diabetes anteriormente, mas que têm o nível de açúcar no sangue elevado durante a gravidez, podem desenvolver o diabetes gestacional. Não é claro, ainda, para a comunidade científica, o que causa esse tipo da doença. Mas o que se observa é que os hormônios da placenta bloqueiam a ação da insulina da mãe em seu corpo. Este problema também é chamado de resistência à insulina.

A mulher com diabetes gestacional pode precisar de até três vezes mais insulina, pois a sua insuficiência faz com que os níveis de glicose no sangue fiquem elevados.

Exame de sangue que detecta o diabetes

Para detectar o diabetes, deve-se realizar o exame chamado glicemia de jejum. Um resultado normal para a glicemia deve estar entre 60 e 99 mg/dl. Caso o resultado fique entre 100 e 125 mg/dl, pede-se o teste oral de tolerância à glicose.

Nesta situação, o paciente ingere 75 gramas (g) de dextrosol, um  tipo de açúcar diluído em água e, após duas horas, faz novamente o exame. O diabetes é diagnosticado se estiver acima de 200 mg/dl. Um valor entre 140 e 199 mg/dl acusa um quadro de pré-diabetes.

Uma vez diagnosticada a doença, alguns pacientes precisam incorporar à sua rotina diária o glicosímetro, que consiste em um aparelho que mede o índice glicêmico no organismo. Dependendo do caso, será necessário monitorá-la várias vezes ao dia, sendo o único jeito de evitar maiores consequências da condição.

Além disso, para manter a doença sob controle, o paciente deve realizar, pelo menos duas vezes ao ano, o exame da hemoglobina glicada. Somente este exame detecta o consumo médio de açúcar no organismo nos últimos noventa dias.

O paciente também deve visitar periodicamente um médico oftalmologista. Além disso, necessita fazer rotineiramente exames da função renal e nervosa, bem como os exames básicos de colesterol e triglicérides. Em alguns casos, são necessários um ecocardiograma e um teste ergométrico como exames complementares.

Nosso material tem caráter meramente informativo e não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico, autotratamento ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte o seu médico.