Etapas do tratamento de água: conheça as análises mais importantes
02/06/2018 por LabVida
02/06/2018 por LabVida
As etapas do tratamento de água seguem um processo convencional, dividido em seis fases. Em cada uma delas existe um rígido controle de dosagem de produtos químicos e acompanhamento dos padrões de qualidade. Para que as pessoas possam utilizar produtos de limpeza, cozinhar alimentos, realizar a assepsia de ambientes e ingerir a água destinada ao consumo humano, o líquido deve preencher as condições mínimas.
As etapas do tratamento de água iniciam na captação do líquido, que passa por um sistema de grades que impede a entrada de elementos macroscópicos (animais mortos, folhas, etc.) no sistema. Parte das partículas está em estado coloidal, e por ter tamanhos muito pequenos (como a argila, por exemplo), não se depositam, dificultando a remoção nesta etapa.
A etapa da coagulação tem o objetivo de aglomerar as partículas pequenas que não foram eliminadas na captação. A coagulação aumenta o volume e peso das partículas, permitindo que a gravidade possa agir. Isso é feito, geralmente, através da adição de cal hidratada (hidróxido de cálcio) e sulfato de alumínio, sendo agitada rapidamente. Esses materiais fazem as partículas de sujeira se unirem.
Na etapa da floculação, a água é agitada lentamente para favorecer a união das partículas de sujeira, formando os flocos.
A água não é mais agitada e os flocos vão se depositando no fundo, separando-se da água. O lodo do fundo é conduzido para tanques de depuração. O ideal é que ele seja transformado em adubo. A água mais limpa vai para o filtro de areia.
Nesta etapa, a água, já decantada, passa por um filtro de cascalho/areia/antracito (carvão mineral), onde vai se livrando dos flocos que não foram decantados na fase anterior, além de alguns outros microrganismos.
Na cloração, verifica-se que a água filtrada está limpa, mas ainda pode conter microrganismos causadores de doenças. Por isso, ela recebe um produto que contém cloro, o qual mata estes microrganismos. Na água, o cloro age de duas formas principais:
O cloro serve, especialmente, para purificar a água que apresenta contaminação por vírus, bactérias e protozoários. Isso pode acontecer em águas de cisternas, poços artesianos, pequenos poços e com a água da chuva.
É importante lembrar que a água da chuva não é consumível. No meio do caminho entre a formação das gotículas nas nuvens e o chão, há diversas substâncias na atmosfera que são captadas por ela. E a água da chuva, na maioria das vezes, é tóxica, especialmente nas grandes cidades ou em municípios que ficam ao redor de indústrias.
Em grandes cidades, a água tratada ainda recebe o flúor, o qual ajuda a prevenir a cárie dentária.
Nesta etapa, a água tratada é armazenada em grandes reservatórios, antes da distribuição. Esses reservatórios sempre são instalados nos locais mais altos das cidades.
A água tratada é distribuída para as residências, comércio e indústria, a partir dos reservatórios de água potável.
A correção de pH é feita quando se coloca cal hidratada ou carbonato de sódio, corrigindo uma possível alcalinidade da água. Este procedimento também previne uma possível corrosão futura da rede de encanamento que irá distribuir a água tratada.
O índice pH refere-se à água ser um ácida, alcalina ou nenhum deles (neutra). Um pH de 7 é neutro; um pH abaixo de 7 é ácido e um pH acima de 7 é básico ou alcalino. Para o consumo humano, recomenda-se um pH entre 6,0 e 9,5.
Para saber se água que chega na sua casa é realmente própria para o consumo, é possível enviar uma amostra dela para análise em um laboratório especializado. Serão realizados testes de potabilidade da água, que pode, ou não, ter padrões saudáveis para o consumo humano.
Quem define esses padrões de potabilidade no Brasil é a Portaria 2914 /2011 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para as residências, recomenda-se fortemente essa análise. Ela verifica se os seus parâmetros estão corretos e possibilita conhecer se a água é potável ou não, e se oferece algum risco à saúde.
Nosso material tem caráter meramente informativo e não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico, autotratamento ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte o seu médico.