Plaquetas baixas: devo me preocupar? - LabVida

Plaquetas baixas: devo me preocupar?

17/12/2017 por

As plaquetas baixas é uma condição caracterizada pela diminuição do número de plaquetas na circulação sanguínea. Esta condição afeta a coagulação do sangue, podendo causar sintomas sérios e preocupantes.

As plaquetas são fundamentais para evitar a perda de sangue. Também influenciam na cicatrização correta de feridas e impedem que ocorram hemorragias.

Existem diversas causas para a redução das plaquetas no sangue, dentre elas:

  • doenças como dengue, lúpus e leucemia;
  • uso de remédios como anticonvulsivos, sedativos e hipnóticos;
  • doenças relacionadas com a imunidade, como púrpura trombocitopênica e câncer.

O tratamento para as plaquetas baixas deve ser realizado conforme a sua causa. O especialista que analisa como tratar cada caso é o hematologista, podendo ser necessário apenas o uso de remédios ou, em situações muito graves, a transfusão de plaquetas.

Principais sintomas das plaquetas baixas

As plaquetas se caracterizam como baixas quando a sua contagem na circulação sanguínea é inferior a 140.000 células/mm3. Na maioria das vezes, as plaquetas baixas não causam sintomas. Entretanto, em casos mais específicos, o paciente pode apresentar sangramento mais facilmente e podem surgir sinais como:

  • manchas roxas ou avermelhadas na pele (hematomas ou equimoses);
  • sangramento nas gengivas;
  • sangramento nasal;
  • urina com indícios de sangue;
  • sangramento nas fezes;
  • fluxo muito alto de menstruação;
  • dificuldades de controlar o sangramento de feridas.

Estes sintomas podem ocorrer em qualquer pessoa que apresente plaquetas baixas no sangue, mas são mais comuns quando elas estão muito reduzidas (abaixo de 50.000 células/mm3) ou quando a condição está associada a outra doença, como dengue ou cirrose do fígado, que pioram a função da coagulação do sangue.

O que causa as plaquetas baixas

As plaquetas são produzidas na medula óssea e vivem cerca de 10 dias, pois estão sempre se renovando. Os fatores que interferem no número de plaquetas do sangue são:

Deterioração das plaquetas

Determinadas situações podem fazer com que as plaquetas circulem por menos tempo no sangue, o que faz com que seu número diminua. As doenças que afetam a imunidade tendem a causar uma redução de plaquetas mais grave e persistente do que o uso de remédio e infecções.

Além disso, cada pessoa pode ter uma reação diferente, o que varia de acordo com as defesas do organismo e a resposta do corpo.

Falta de ferro, ácido fólico ou vitamina B12

Substâncias como ferro, ácido fólico e vitamina B12 são combustíveis essenciais para a formação das células. Sem elas, a medula óssea terá dificuldades em produzir as plaquetas. Estas deficiências são comuns em veganos sem acompanhamento nutricional, em pessoas desnutridas, em alcoolistas e pessoas com doenças que causam sangramentos ocultos, como gástrico ou intestinal.

Disfunções na medula óssea

Determinadas disfunções da medula óssea fazem com que haja redução na produção de plaquetas, o que pode acontecer por diversos motivos, como:

  • anemia aplásica ou mielodisplasia;
  • HIV, vírus de Epstein-Barr e varicela;
  • leucemia, linfoma ou metástases;
  • quimioterapia, radioterapia ou exposição a substâncias tóxicas para a medula, como chumbo e alumínio.

Alterações no funcionamento do baço

O baço é o responsável por eliminar as células do sangue que estão envelhecidas, incluindo as plaquetas. Nos casos de doenças como a cirrose hepática, em que o baço aumenta de tamanho, pode haver uma eliminação de plaquetas ainda saudáveis, em uma quantidade acima do normal.

Tratamentos para plaquetas baixas

Ao se verificar que as plaquetas estão baixas no sangue, é importante tomar alguns cuidados para evitar o risco de hemorragias:

  • evitar esforços intensos ou esportes de contato;
  • evitar o consumo de álcool;
  • não usar remédios que afetem a função das plaquetas ou aumentam o risco de sangramento, como aspirina, anti-inflamatórios e anti-coagulantes.

Em alguns casos, é necessária a internação para uma constante observação do número de plaquetas. A alimentação deve ser equilibrada, rica em cereais, frutas, legumes, verduras e carnes magras, para auxiliar na formação do sangue e na recuperação do organismo.

A transfusão de plaquetas raramente é necessária, pois, com os cuidados e o tratamento, o paciente pode se recuperar. Contudo, o médico pode dar outras orientações quando há riscos de hemorragia.

Após o diagnóstico da causa para as plaquetas estarem baixas, o tratamento será direcionado, conforme orientação médica, e pode requerer:

  • a eliminação da causa, que podem ser remédios, doenças e infecções, e o consumo de álcool;
  • a ingestão de corticoides, esteroides ou imunossupressores, quando há presença de doença autoimune;
  • retirada cirúrgica do baço, quando o aumento do órgão é identificado como sendo a causa;
  • a filtragem de uma parte do sangue que contém anticorpos e componentes que estão prejudicando o funcionamento da imunidade e da circulação sanguínea, indicada em doenças como trombocitopênica trombótica e síndrome hemolítica-urêmica;
  • em caso de câncer, a realização de quimioterapias ou transplante de medula óssea. O tratamento é feito para o tipo e a gravidade desta doença.

As plaquetas cumprem um papel fundamental na saúde e a alteração da sua quantidade no sangue é um sinal de que alguma coisa não está funcionando bem no corpo. Faça exames regularmente e mantenha a sua saúde sempre em dia.

Nosso material tem caráter meramente informativo e não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico, autotratamento ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte o seu médico.